O movimento Sou de Algodão promoveu o primeiro desfile exclusivo no calendário do evento. Ele existe desde 2016 como o agregador de todos os agentes da cadeia produtiva e da indústria têxtil dessa fibra, do homem do campo até o consumidor, para estimular a moda responsável. O próprio cenário, por Claudia Nascimento, mostrava os tecidos de algodão revestindo a passarela e fases da lavoura em projeções de vídeo.
São 37 empresas parceiras, sendo 19 delas tecelagens, malharias e fiações. As outras 18 são marcas e estilistas que participaram do calendário do SPFW. Esse desfile inédito teve produção de Paulo Borges e styling de Paulo Martinez, em que cada marca participou com dois looks pensados de modo a valorizar a matéria-prima cultivada de forma responsável e consciente e explorar as possibilidades do algodão muito além da moda básica. (Nada contra, temos até amigos que são!)
São elas: Amapô, Ateliê Mão de Mãe, AZ Marias, Dendezeiro, Heloísa Faria, Isaac Silva, Korshi 01, Martins, Maurício Duarte, Meninos Rei, Naya Violeta, Rocio Canvas, Ronaldo Silvestre, Santa Resistência, Silvério, Soul Básico, TA Studios e Thear.
A edição do desfile partiu da cartela de cores, uma sequência de brancos, terrosos, vermelhos, amarelos, verdes e azuis, mas totalmente livre para que cada estilista escolhesse o processo criativo e seguisse a sua própria identidade. A mesma ideia foi usada na maquiagem natural do beauty-artist Marcos Costa, valorizando também a beleza de cada modelo. Foi um desfile muito inspirador e cheio de significados para muitos dos participantes dos bastidores dessa indústria tão extensa.