Em uma passarela desenhada nos corredores internos do Copan, o projeto Ponto Firme desfilou uma coleção primorosa com o crochê que fez famoso esse coletivo como base de regatonas que foram bordadas com muitas camadas de recortes à laser de plásticos e metalizados, rígidos ou flexíveis.
A inspiração para essa coleção são as imagens de avatares criadas por inteligência artificial, que dominaram as redes sociais há pouco tempo. E a partir daí a turma de 30 artesãos reunida pelo estilista Gustavo Silvestre materializou as criações multicoloridas e tridimensionais por meio de seu esforçado trabalho manual.
O grupo composto por egressos do sistema prisional agora conta também com alunos da escola que foi montada com mulheres refugiadas e imigrantes resgatadas de trabalhos análogos à escravidão na indústria da moda e mulheres trans em situação de vulnerabilidade social. Jovens da periferia de SP do coletivo Artesanato Chave também participaram com acessórios e bonés de crochê, também contribuíram com as produções.
Por conta do efeito sci-fi e pelo clima noturno da região, a coleção toda ficou com astral de festa. Coroada ainda por cima por um lindo pôr-do-sol por entre as curvas de Oscar Niemeyer. Ao final, todos os modelos subiram na escadaria metálica da lateral do prédio para formar a imagem com todos junto brilhando.
FICHA TÉCNICA:
Styling: Dudu Bertholini
Beleza: André Veloso
Vídeo: Protótipo Filme
Fotos: @agfotosite