Uma estreia internacional nessa edição N54: a marca portuguesa Buzina, de Vera Fernandes, que apresentou a coleção “Burnish”, que significa polir, lustrar, abrilhantar. Os anos 1950 são a referência principal para uma ideia de feminilidade que se pretende a reimaginar a imagem e os papéis sociais de damas, donas de casa, Barbies…
Mas nada das formas restritivas de outrora: ela reinterpreta silhuetas com volumes localizados XXG finalizados com amarrações, assim como os comprimentos médios e babados grandes. Exemplo: o vestido de Thai de Melo de proporções exageradas ou em capas de mangas bufantes no xadrez vichy miúdo (vermelho e verde) e poás irregulares. Todas as peças têm tamanho único e podem ser adaptadas a diferentes estilos e corpos.
Vale citar os looks com calça transparente sobre collant ou usada com bustiê e cobertos com uma capa dramática. Teve também um lurex de oncinha lilás. Os acessórios em homenagem a época áurea de Hollywood são da designer Mariah Rovery, da marca Flex, flexíveis, à prova d’água e feitas em resina 100% reciclável.
Pensando em sustentabilidade social e ambiental, cada coleção é composta por apenas 20 peças, produzidas entre 10 a 70 vezes. Cada costureira é responsável pela peça do início ao fim. Além disso, a Buzina recupera matéria-prima de fábricas parceiras para produzir as suas coleções, reduzindo o desperdício. São todas mulheres de 20 a 70 anos que ficam num entorno de 10km das operações da Buzina.