Curioso acompanhar como Weider Silveiro vem abraçando cada vez mais as técnicas artesanais tidas como “regionais”. O estilista é apaixonado por imagem de moda e sempre esteve conectado com as passarelas internacionais e tem amarrado de forma mais evidente suas apresentações com a ideia de made in Brazil. Parece que tem dado certo pra ele. Que bom!
Nessa temporada ele mira na influência africana, que tempera com sabor o estilo urbano que é mais associado a sua personalidade. A começar com os batuques que faziam arte da trilha, mas principalmente por uma pesquisa de ornamentos africanos que ele já havia explorado no início da carreira e volta agora para seu mural de referências.
Ele resgatou a técnica chamada panejamento (volumes específicos formados por diferentes tipos de amarrações e sobreposições nas vestimentas), que dão formas novas a cinturas e ombros.
Em formas simples e vestidos longos e médios e algumas peças separadas como calças amplas e bustiês curtos, Weider trabalha com crochê feito a partir da ourela das malhas e bordados do tipo conhecido como “miçangão” ou “tererê”, com contas de diferentes cores e tamanhos. A cartela começa com os neutros bege e marrom, preto, e acende para amarelo e verde-água. O jeans dá um contraste casual a sofisticação de seu trabalho.
FICHA TÉCNICA:
Direção criativa: Weider Silveiro
Diretor de desfile: Gabriel Guimarães
Produtor-executivo: Fábio Caracas
Styling e casting: Marcell Maia
Beleza: Helder Rodrigues
Sapatos: Alice Marques