Victor da Justa é um estilista do Rio de Janeiro que estudou moda em Paris e já trabalhou com estilistas importantes como Rick Owens, Reinaldo Lourenço e Isabela Capeto. Ele estreou na edição anterior do São Paulo Fashion Week com suas metáforas político-filosóficas, com o dedo no pulso das questões sociais e de gênero, pregando sempre a liberdade das pessoas ao se vestir.
Nessa temporada ele resgata o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, celebrando o bicentenário da Semana de Arte Moderna de 1922 em estampas coloridas que homenageiam os artistas do movimento, como Di Cavalcanti e Volpi.
Sua identidade é andrógina, mas ele flerta com o romantismo feminino dos vestidos longos, saias de ópera e transparências, mas também com alfaiataria desconstruída, pijamas e adereços de streetwear. Os acessórios de palha são ornados com sementes. No fashion film Victor da Justa monta um banquete cultural inspirado no Teatro do Absurdo.
FICHA TÉCNICA
Fotos: Raianne Godoneo
