Marina Bitu se inspirou no legado da pintora modernista Djanira da Motta e Silva (1914–1979), conhecida por retratar o cotidiano e os ofícios populares, de onde a estilista tirou ideias para estampas, as cores e as formas para esta temporada. A curadoria da estilista sobre o trabalho da artista focou nas obras que retratam mulheres, por conta de seu próprio processo produtivo com grupos de artesãs brasileiras.
Foi um desfile leve e feminino no início, em tons neutros, com transparências de organzas e chiffons e acabamentos tridimensionais que desenham a roupa para além do corpo (como os bordados com escamas de camurupim, os plissados, as armações nas barras ou o desfiado na barra dos tecidos). Em seguida entram as propostas de uma feminilidade mais forte, com cores vibrantes, estampas marcantes e texturas mais evidentes, como jacquard, palha e couro de salmão.
Uma coleção tão elegante quanto poética, fluída nos tecidos mas firme na proposta de roupas para uma mulher poderosa.
FICHA TÉCNICA
Vídeo: Protótipo Filme
Fotos: @agfotosite