A gente sabe que tem desfile de Isaac Silva pela vibração que já fica nos corredores do SPFW no dia. A plateia muda, o astral muda, da pra sentir o axé. Sua apresentação costuma causar estardalhaço, na plateia e na passarela.
A primeira parte foi basicamente num bege amarelado de vestidos e saias evasê ou calças e jaquetas masculinas. Sem as estampas que ele sempre mostra nas coleções, deu pra ver mais da construção das roupas, e pareceu uma evolução no seu trabalho, como o vestido camisa com a fralda comprida e volumes nas mangas. Na sequência entraram os looks em renda, como vestidos em faixas ou nas bermudas e regatas masculinas, e ainda os em sarja com aspecto rústico.
Búzios na cor natural ou pintados de dourado decoravam os looks de várias formas, bordados, como botões e até nas unhas. Bolsas e chapéus de palha completavam os looks. Cabaças também fizeram as vezes de bolsas cenográficas, mas teve uma bolsa toda de madeira.
Teve um segundo bloco mais colorido nas roupas e nos acessórios: rosa, lilás, azul, verde-água, amarelo-bebê, todos com um pouco de brilho nos tecidos. Os brancos voltaram, também com brilho, em looks que pareciam trajes cerimoniais, complementados com turbantes.
Ao fim, respeitando a tradição dos desfiles de alta-costura, Aretha Sadick entra como a noiva Isaac Silva, coberta por um voil bordado com pérolas. Um espetáculo de referências africanas, mas além disso um desfile emocionante para todos presentes na plateia e nos bastidores.